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Fix lyrics Nalgum Lugar by Zeca Baleiro
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Nalgum lugar em que eu nunca estive,<br />alegremente além<br />de qualquer experiência.<br />Teus olhos têm o seu silêncio.<br /><br />No teu gesto mais frágil <br />há coisas que me encerram,<br />ou que eu não ouso tocar <br />porque estão demasiado perto.<br /><br />Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra.<br />Embora eu tenha me fechado<br />como dedos nalgum lugar,<br />me abres sempre pétala por pétala. <br />Como a primavera abre -<br />tocando sutilmente, <br />misteriosamente - a sua primeira rosa.<br />A sua primeira rosa.<br /><br />Ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida,<br />nos fecharemos belamente, de repente.<br />Assim como o coração desta flor imagina<br />a neve cuidadosamente descendo em toda a parte.<br /><br />Nada que eu possa perceber neste universo iguala<br />o poder de tua intensa fragilidade cuja textura<br />compele-me com a cor de seus continentes,<br />restituindo a morte e o sempre cada vez que respiras.<br /><br />Não sei dizer o que há em ti, que fecha e abre. <br />Só uma parte de mim compreende que a voz dos teus olhos<br />é mais profunda que todas as rosas.<br />Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas.
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Nalgum lugar em que eu nunca estive,<br />alegremente além<br />de qualquer experiência.<br />Teus olhos têm o seu silêncio.<br /><br />No teu gesto mais frágil <br />há coisas que me encerram,<br />ou que eu não ouso tocar <br />porque estão demasiado perto.<br /><br />Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra.<br />Embora eu tenha me fechado<br />como dedos nalgum lugar,<br />me abres sempre pétala por pétala. <br />Como a primavera abre -<br />tocando sutilmente, <br />misteriosamente - a sua primeira rosa.<br />A sua primeira rosa.<br /><br />Ou se quiseres me ver fechado, eu e minha vida,<br />nos fecharemos belamente, de repente.<br />Assim como o coração desta flor imagina<br />a neve cuidadosamente descendo em toda a parte.<br /><br />Nada que eu possa perceber neste universo iguala<br />o poder de tua intensa fragilidade cuja textura<br />compele-me com a cor de seus continentes,<br />restituindo a morte e o sempre cada vez que respiras.<br /><br />Não sei dizer o que há em ti, que fecha e abre. <br />Só uma parte de mim compreende que a voz dos teus olhos<br />é mais profunda que todas as rosas.<br />Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas.
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